Que aqui na vida nada é certo,
E que sempre por mais que a si próprio se iluda,
O egoísmo humano é descoberto;
Que é um duro ofício ser uma mulher bonita,
E é duro o trabalho banal,
Da dançarina fria e fútil que se agita,
Ao seu sorriso maquinal;
Semear nos corações é um tolo intento;
Beleza e amor a ruína invade,
Até que em seu alforje os joga o Esquecimento,
E atira-os à eternidade!
Charles Baudelaire
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