Desperta o meu amor na minha pele
Após o longo inverno de torpor.
Andei aí, por onde a dor impele,
Em sendas áridas, sem cor.
Sinto agora nas faces o rubor
E minha pele alva desmaiada
Deixa aparecer a sua cor
Qual alabastro, por dentro iluminada.
O coração, hibernado, que se aquece
Levanta, farejando, de sua toca,
Onde só a memória permanece
E tece, (enquanto, alegre, saio à caça),
Com seu pé pondo a girar a sua roca,
E o fuso puxa o fio, que não se esgarça.
Alma Welt
Após o longo inverno de torpor.
Andei aí, por onde a dor impele,
Em sendas áridas, sem cor.
Sinto agora nas faces o rubor
E minha pele alva desmaiada
Deixa aparecer a sua cor
Qual alabastro, por dentro iluminada.
O coração, hibernado, que se aquece
Levanta, farejando, de sua toca,
Onde só a memória permanece
E tece, (enquanto, alegre, saio à caça),
Com seu pé pondo a girar a sua roca,
E o fuso puxa o fio, que não se esgarça.
Alma Welt