Para concentrar a mente e aumentar a autopercepção, budistas da escola Shingon praticam takigyo, em que entoam cânticos durante horas em pé, debaixo de pequenas cascatas geladas no Templo Oiwasan Nissekji em Toyama, Japão.
Por 2500 anos, budistas vêm usando essas técnicas de treinamento a fim de guiar seu estado mental em direção a uma postura mais compassiva e feliz. Instigados pelos novos indícios da plasticidade do cérebro, os neurocientistas ocidentais se interessam pela prática. A meditação pode mudar a mente?
Há vários anos Richard Davidson estuda a atividade cerebral de monges tibetanos em estado meditativo e não meditativo. Davidson e sua equipe já haviam demonstrado que pessoas propensas a emoções negativas apresentavam um padrão de persistente atividade em regiões do córtex pré-frontal direito. Nas pessoas com temperamentos mais positivos, a atividade ocorria no córtex pré-frontal esquerdo. Quando Davidson fez o experimento com um lama tibetano experiente em meditação, constatou que nele os correspondentes padrões de atividade apresentavam predominância no córtex pré-frontal esquerdo muito mais acentuada que em qualquer pessoa examinada antes. A julgar por esse estudo, o lama era, empiricamente, o homem mais feliz do mundo.
Davidson testou a atividade pré-frontal em voluntários de uma empresa em Wisconsin. A seguir, um grupo dos voluntários passou por oito semanas de treinamento em meditação, enquanto o outro grupo não foi treinado. Todos receberam uma vacina antigripal.
No fim do estudo, os que haviam meditado apresentaram nítida mudança na atividade cerebral em favor do córtex frontal esquerdo, o "mais feliz". Os meditadores também tiveram melhor resposta à vacina antigripal, indicando que o treinamento afetou não só a saúde da mente mas também a do corpo.
"Você não precisa se tornar budista", diz o Dalai Lama, que segue os estudos de cientistas como Davidson. "Todos temos potencial para levar uma vida significativa, cheia de paz".
Por 2500 anos, budistas vêm usando essas técnicas de treinamento a fim de guiar seu estado mental em direção a uma postura mais compassiva e feliz. Instigados pelos novos indícios da plasticidade do cérebro, os neurocientistas ocidentais se interessam pela prática. A meditação pode mudar a mente?
Há vários anos Richard Davidson estuda a atividade cerebral de monges tibetanos em estado meditativo e não meditativo. Davidson e sua equipe já haviam demonstrado que pessoas propensas a emoções negativas apresentavam um padrão de persistente atividade em regiões do córtex pré-frontal direito. Nas pessoas com temperamentos mais positivos, a atividade ocorria no córtex pré-frontal esquerdo. Quando Davidson fez o experimento com um lama tibetano experiente em meditação, constatou que nele os correspondentes padrões de atividade apresentavam predominância no córtex pré-frontal esquerdo muito mais acentuada que em qualquer pessoa examinada antes. A julgar por esse estudo, o lama era, empiricamente, o homem mais feliz do mundo.
Davidson testou a atividade pré-frontal em voluntários de uma empresa em Wisconsin. A seguir, um grupo dos voluntários passou por oito semanas de treinamento em meditação, enquanto o outro grupo não foi treinado. Todos receberam uma vacina antigripal.
No fim do estudo, os que haviam meditado apresentaram nítida mudança na atividade cerebral em favor do córtex frontal esquerdo, o "mais feliz". Os meditadores também tiveram melhor resposta à vacina antigripal, indicando que o treinamento afetou não só a saúde da mente mas também a do corpo.
"Você não precisa se tornar budista", diz o Dalai Lama, que segue os estudos de cientistas como Davidson. "Todos temos potencial para levar uma vida significativa, cheia de paz".
James Shreeve