A vaidade exigia esmero nos penteados. Cabelos loiros naturais eram raros em Roma. Assim, as damas de posses importavam sabonetes celtas ou germânicos para garantir cabeleiras claras ou ruivas. Se a tintura, à base de sebo de carneiro e de cinzas, porventura não funcionasse em cabelos escuros demais, restava usar peruca. Germanas e gaulesas, pobres ou escravas, forneciam a matéria-prima. As falsas loiras cuidavam, ainda, de clarear bem a pele, besuntando o rosto com uma máscara, fabricada em Rodes, à base de alvaiade, um subproduto do chumbo. Seu principal inconveniente era o de envenenar gradualmente o sangue das vaidosas. Com a mesma finalidade e menos maléfico, mas até repulsivo, havia o creme egípcio cujo ingrediente essencial era o excremento do crocodilo. Os olhos eram maquiados com grafite ou açafrão.
As romanas adoravam os perfumes. Preferiam as essências de rosas, flores cultivadas na região da atual Nápoles, mas havia também flores da manjerona e essência de íris, produzidas na Grécia, de açafrão, da Cilícia ou de Rodes. Parte das consumidoras optavam por odores fortes, entre os quais a essência de marmelo era considerada inebriante. Os perfumes antigos não eram águas-de-cheiro, mas cremosos, à base de gordura ou de azeite que serviam para fixar o cheiro. Os de maior apelo (e valor) eram um composto de vários ingredientes, como o cinamomo, a canela, o capim-cheiroso, o mel, a terebintina, o bálsamo, a mirra, o vinho, a amêndoa-amarga.
Tudo isso vinha de muito longe e valia uma fortuna. Mas as joias podiam bater recordes entre os itens mais caros. Do Oriente veio o costume das pérolas finas, oriundas do golfo Pérsico. César ofereceu uma enorme à sua amante Servília, mãe de Brutus. Pagou pelo presente 6 milhões de sestércios, preço equivalente ao de duas belas mansões em Roma. As esmeraldas, águas-marinhas e opalas também eram muito procuradas, da mesma forma que imitadas - não faltavam falsas gemas.
As romanas adoravam os perfumes. Preferiam as essências de rosas, flores cultivadas na região da atual Nápoles, mas havia também flores da manjerona e essência de íris, produzidas na Grécia, de açafrão, da Cilícia ou de Rodes. Parte das consumidoras optavam por odores fortes, entre os quais a essência de marmelo era considerada inebriante. Os perfumes antigos não eram águas-de-cheiro, mas cremosos, à base de gordura ou de azeite que serviam para fixar o cheiro. Os de maior apelo (e valor) eram um composto de vários ingredientes, como o cinamomo, a canela, o capim-cheiroso, o mel, a terebintina, o bálsamo, a mirra, o vinho, a amêndoa-amarga.
Tudo isso vinha de muito longe e valia uma fortuna. Mas as joias podiam bater recordes entre os itens mais caros. Do Oriente veio o costume das pérolas finas, oriundas do golfo Pérsico. César ofereceu uma enorme à sua amante Servília, mãe de Brutus. Pagou pelo presente 6 milhões de sestércios, preço equivalente ao de duas belas mansões em Roma. As esmeraldas, águas-marinhas e opalas também eram muito procuradas, da mesma forma que imitadas - não faltavam falsas gemas.
Anne Bernet
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