O
negócio com filho é complicado. Veja bem. Se a gente é severo com os
filhos, tipo aqueles pais que colocam os filhos de castigo e tudo o
mais, dá uns tapinhas na bunda de vez em quando, os filhos ficam
complexados. É o que todo mundo já sabe, quem é que nunca levou uma dura
porque deu um tapinha na bunda do filho, e aparece aquela sobrinha que
estuda Psicologia na USP e diz que você é
uma espécie de homem de Neanderthal? E que bater em criança é uma coisa
absolutamente fora de questão, isso só faz crescer a raiva interior das
crianças contra qualquer tipo de autoridade, um tapinha na bunda, um
beliscão, uma puxada de orelha ou um castigo pode traumatizar uma
criança para o resto da vida dela, e que já houve milhares de casos
comprovados de adultos que se tornaram tarados sexuais, que se tornaram
delinquentes, um monte dessas coisas horríveis, só porque os pais batiam
nelas quando elas eram pequenas.
Então, a gente resolve que não pode dar um tapinha na bunda nem obrigar a criança a comer verdura, isso também então já é um ponto pacífico, a gente nunca pode obrigar a criança a comer verdura, ela tem que comer o que quiser, porque o corpo sente necessidade das coisas, então quando a criança sentir necessidade de verdura, ela vai pedir verdura, não é para obrigar a criança a comer nada. Aliás, não é para obrigar a criança a nada, onde já se viu? veja aí os índios, que criam as crianças soltas e deixam elas fazerem o que querem. Então a gente cria os filhos sem tapinha na bunda, não obriga a comer verdura, não fica bravo quando eles xingam uma pessoa mais velha, e o que acontece? O filho vira um tarado sexual, um delinquente, e a sobrinha que estuda Psicologia na USP diz que nosso filho ficou assim porque não teve pais que mostrassem as regras sociais, que as crianças precisam e até gostam que a gente demonstre autoridade, que isso dá mais segurança pra elas.
Então, qualquer coisa mesmo que você faça, se você bater ou não bater, se você obrigar os filhos a comer verduras, ou não obrigar, se você ensinar os filhos a respeitarem os mais velhos, ou não ensinar, tanto faz como tanto fez, o que acontece é que todos os nossos filhos vão acabar uns tarados sexuais e uns delinquentes, essa é que é a verdade, uns tarados e uns delinquentes que....
— Querido, vai dar tudo certo, não se preocupe.
— Mas ele parece tão pequenininho, eu acho que não estou preparado para...
— Pode pegar no colo, ele não quebra.
— Olha, os olhos são iguaizinhos os seus.
— Ele nem abriu os olhos ainda, querido.
— Bilu, bilu, fala papai, fala, pa-pai...
Então, a gente resolve que não pode dar um tapinha na bunda nem obrigar a criança a comer verdura, isso também então já é um ponto pacífico, a gente nunca pode obrigar a criança a comer verdura, ela tem que comer o que quiser, porque o corpo sente necessidade das coisas, então quando a criança sentir necessidade de verdura, ela vai pedir verdura, não é para obrigar a criança a comer nada. Aliás, não é para obrigar a criança a nada, onde já se viu? veja aí os índios, que criam as crianças soltas e deixam elas fazerem o que querem. Então a gente cria os filhos sem tapinha na bunda, não obriga a comer verdura, não fica bravo quando eles xingam uma pessoa mais velha, e o que acontece? O filho vira um tarado sexual, um delinquente, e a sobrinha que estuda Psicologia na USP diz que nosso filho ficou assim porque não teve pais que mostrassem as regras sociais, que as crianças precisam e até gostam que a gente demonstre autoridade, que isso dá mais segurança pra elas.
Então, qualquer coisa mesmo que você faça, se você bater ou não bater, se você obrigar os filhos a comer verduras, ou não obrigar, se você ensinar os filhos a respeitarem os mais velhos, ou não ensinar, tanto faz como tanto fez, o que acontece é que todos os nossos filhos vão acabar uns tarados sexuais e uns delinquentes, essa é que é a verdade, uns tarados e uns delinquentes que....
— Querido, vai dar tudo certo, não se preocupe.
— Mas ele parece tão pequenininho, eu acho que não estou preparado para...
— Pode pegar no colo, ele não quebra.
— Olha, os olhos são iguaizinhos os seus.
— Ele nem abriu os olhos ainda, querido.
— Bilu, bilu, fala papai, fala, pa-pai...
Artur Azevedo
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