Jung constatou que a psique é andrógina: ela contém componentes masculinos e femininos. Assim, homens e mulheres vêm equipados com uma estrutura psicológica que na sua totalidade inclui a riqueza de ambos os lados, de ambas as naturezas, de ambos os conjuntos de capacidades e forças. A psique espontaneamente se divide em opostos complementares e os representa com uma configuração masculino-feminina. Ela assinala algumas características como sendo "masculinas" e outras, como "femininas". Como o yin e o yang, na antiga psicologia chinesa, estes opostos complementares se equilibram e se completam mutuamente. Nenhuma qualidade ou característica da personalidade humana é completa em si: cada uma deve se fazer acompanhar de seu "par" masculino ou feminino, numa combinação consciente, se quisermos alcançar equilíbrio e totalidade.
A psique encara a capacidade de amor e relacionamento como sendo uma qualidade "feminina", que vem do lado feminino da psique. Por outro lado, ela considera a capacidade de exercer poder, de controlar situações e de defender posições como manifestações do seu setor masculino. Para nos tornarmos um ser completo, cada um de nós precisa desenvolver ambos os lados da psique. Precisamos ter a capacidade, tanto de lidar com o poder como de amar, tanto de exercer o controle como de deixar fluir naturalmente a vida - cada valor no seu momento apropriado.
Quando dizemos "feminino" nesse sentido, obviamente não estamos querendo dizer "próprio de mulheres". Estamos falando de qualidades interiores, psicológicas, que são comuns aos homens e às mulheres. Quando um homem desenvolve as forças do seu lado feminino interior, isto, na verdade, completa sua masculinidade. Ele se torna mais completamente viril na medida em que se torna mais completamente humano. O homem mais forte é aquele que é capaz de verdadeiramente demonstrar amor a seus filhos, da mesma forma que enfrenta a guerra do mundo de negócios, durante a sua jornada de trabalho. Sua força masculina é aumentada e equilibrada pela sua capacidade feminina de se relacionar, expressando seus sentimentos e seu afeto.
Em cada um de nós existe um potencial para a totalidade, para realizar uma síntese, juntando as partes conflitantes dentro de nós. Temos um nome simples para esta totalidade do indivíduo: Jung a chamou de self.
O self é a soma de todas as forças divergentes, das energias e das qualidades que vivem dentro de nós e que nos fazem ser o que somos: um indivíduo único. O self é a unidade equilibrada, harmônica e simétrica, no próprio núcleo do ser, que cada um de nós sente existir no interior. Mas raramente sentimos o self conscientemente; raramente temos esta sensação de unidade e de totalidade. Geralmente nós nos sentimos como uma massa caótica de desejos conflitantes, de valores, ideais e possibilidades, alguns conscientes, outros inconscientes, que nos puxam simultaneamente em várias direções.
O trabalho da "iluminação" consiste em tornar conscientes estas partes divididas e conflitantes dentro de nós, em despertar para a unidade primordial que junta todas estas partes. Acordar para a unidade do self é a grande meta da nossa evolução psicológica, a Pérola Que Não Tem Preço, o objeto dos nossos desejos mais profundos. É esta possibilidade que se manifesta pela natureza dual masculino-feminino da psique.
No simbolismo mítico, o self frequentemente é representado por um par masculino-feminino: um rei e uma rainha, um irmão e uma irmã divinos, um deus e uma deusa. Por este símbolo de casal real, a psique nos diz que o self é uno, apesar de o sentirmos formado por opostos complementares. Isto nos mostra que precisamos fazer um "casamento", uma união sagrada, entre as duas grandes polaridades da nossa natureza humana. Como os dragões do yin e do yang, o rei e a rainha interiores constantemente criam nosso mundo a partir das energias masculinas e femininas do self, numa dança cósmica eterna.
A psique encara a capacidade de amor e relacionamento como sendo uma qualidade "feminina", que vem do lado feminino da psique. Por outro lado, ela considera a capacidade de exercer poder, de controlar situações e de defender posições como manifestações do seu setor masculino. Para nos tornarmos um ser completo, cada um de nós precisa desenvolver ambos os lados da psique. Precisamos ter a capacidade, tanto de lidar com o poder como de amar, tanto de exercer o controle como de deixar fluir naturalmente a vida - cada valor no seu momento apropriado.
Quando dizemos "feminino" nesse sentido, obviamente não estamos querendo dizer "próprio de mulheres". Estamos falando de qualidades interiores, psicológicas, que são comuns aos homens e às mulheres. Quando um homem desenvolve as forças do seu lado feminino interior, isto, na verdade, completa sua masculinidade. Ele se torna mais completamente viril na medida em que se torna mais completamente humano. O homem mais forte é aquele que é capaz de verdadeiramente demonstrar amor a seus filhos, da mesma forma que enfrenta a guerra do mundo de negócios, durante a sua jornada de trabalho. Sua força masculina é aumentada e equilibrada pela sua capacidade feminina de se relacionar, expressando seus sentimentos e seu afeto.
Em cada um de nós existe um potencial para a totalidade, para realizar uma síntese, juntando as partes conflitantes dentro de nós. Temos um nome simples para esta totalidade do indivíduo: Jung a chamou de self.
O self é a soma de todas as forças divergentes, das energias e das qualidades que vivem dentro de nós e que nos fazem ser o que somos: um indivíduo único. O self é a unidade equilibrada, harmônica e simétrica, no próprio núcleo do ser, que cada um de nós sente existir no interior. Mas raramente sentimos o self conscientemente; raramente temos esta sensação de unidade e de totalidade. Geralmente nós nos sentimos como uma massa caótica de desejos conflitantes, de valores, ideais e possibilidades, alguns conscientes, outros inconscientes, que nos puxam simultaneamente em várias direções.
O trabalho da "iluminação" consiste em tornar conscientes estas partes divididas e conflitantes dentro de nós, em despertar para a unidade primordial que junta todas estas partes. Acordar para a unidade do self é a grande meta da nossa evolução psicológica, a Pérola Que Não Tem Preço, o objeto dos nossos desejos mais profundos. É esta possibilidade que se manifesta pela natureza dual masculino-feminino da psique.
No simbolismo mítico, o self frequentemente é representado por um par masculino-feminino: um rei e uma rainha, um irmão e uma irmã divinos, um deus e uma deusa. Por este símbolo de casal real, a psique nos diz que o self é uno, apesar de o sentirmos formado por opostos complementares. Isto nos mostra que precisamos fazer um "casamento", uma união sagrada, entre as duas grandes polaridades da nossa natureza humana. Como os dragões do yin e do yang, o rei e a rainha interiores constantemente criam nosso mundo a partir das energias masculinas e femininas do self, numa dança cósmica eterna.
Robert Johnson
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