Mesmo se for condenada a vagar solitária durante mil anos, se a alma tem certeza de que em algum lugar do universo ela se unirá a seus amigos, se mostrará contente e confiante.
Essa manhã acordei com um divino agradecimento por meus amigos, os velhos e os novos. Por apresentar essa forma, não devo chamar Belo ao Deus que diariamente se revela para mim em seus dons? Apesar de reprovar a sociedade e abraçar a solidão, não sou tão ingrato a ponto de não ver o sábio, o amável e o de mente nobre quando esporadicamente eles passam diante do meu portão. Quem me ouve, quem me entende, torna-se meu - uma possessão para todos os instantes. A natureza não é tão pobre a ponto de não me conceder essa alegria diversas vezes, de modo que tecemos nossos próprios fios sociais, uma nova teia de relações; e, como diversos pensamentos em sequência se auto-substanciam, de repente nos encontraremos com um novo mundo criado por nós, e não mais seremos visitantes e peregrinos em um planeta que nos foi entregue. Sem que eu os procurasse, meus amigos me encontraram. O grande Deus me presenteou. Por meio do mais antigo direito, da divina afinidade da virtude consigo mesma, eu os encontro, ou melhor, não eu, mas a Divindade que em mim e neles habita suprime e faz ridículas as muralhas espessas do caráter individual - e das relações, da idade, do sexo, das circunstâncias, com as quais ele normalmente conspira - transformando assim em um o que era múltiplo.
Essa manhã acordei com um divino agradecimento por meus amigos, os velhos e os novos. Por apresentar essa forma, não devo chamar Belo ao Deus que diariamente se revela para mim em seus dons? Apesar de reprovar a sociedade e abraçar a solidão, não sou tão ingrato a ponto de não ver o sábio, o amável e o de mente nobre quando esporadicamente eles passam diante do meu portão. Quem me ouve, quem me entende, torna-se meu - uma possessão para todos os instantes. A natureza não é tão pobre a ponto de não me conceder essa alegria diversas vezes, de modo que tecemos nossos próprios fios sociais, uma nova teia de relações; e, como diversos pensamentos em sequência se auto-substanciam, de repente nos encontraremos com um novo mundo criado por nós, e não mais seremos visitantes e peregrinos em um planeta que nos foi entregue. Sem que eu os procurasse, meus amigos me encontraram. O grande Deus me presenteou. Por meio do mais antigo direito, da divina afinidade da virtude consigo mesma, eu os encontro, ou melhor, não eu, mas a Divindade que em mim e neles habita suprime e faz ridículas as muralhas espessas do caráter individual - e das relações, da idade, do sexo, das circunstâncias, com as quais ele normalmente conspira - transformando assim em um o que era múltiplo.
Ralph Emerson
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